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Bunraku

Bunraku (文楽) é o teatro de marionetes tradicional do Japão. Ele começou como entretenimento popular para as pessoas comuns durante o Período Edo, em Osaka, e evoluiu para o teatro artístico no final do século XVII. Juntamente com Noh e Kabuki, é reconhecido como Patrimônio Cultural Mundial Intangível pela UNESCO.

Marionetes Bunraku possuem metade do tamanho de um ser humano e cada uma é operada por 3 performers: um principal e dois assistentes. Cordas não são usadas, ao invés, os marionetistas colaboram entre si para controlar os membros, pálpebras, olhos, sobrancelhas, e bocas das marionetes, reproduzindo desta forma expressões faciais e reais da vida. Os marionetistas estão sempre à vista do público, mas se vestem de preto para simbolizar que eles devem ser considerados “invisíveis”.

A história é narrada por uma única pessoa, que faz as vozes de todas as marionetes, e desta forma, precisa possuir um repertório de expressões vocais para representar ambos os sexos e todas as idades. O ritmo da narração é ditado pela música tocada no shamisen. É delicioso assistir as sofisticadas marionetes criarem seus intrincados movimentos, sincronizados com a narração e a música do shamisen. Bunraku e Kabuki frequentemente retratam hitórias baseadas em adaptações de roteiros com temas similares. Clássicas histórias de amor, lendas heróicas e contos baseados em eventos históricos são populares.

fonte: Japan Guide | weblink: http://tinyurl.com/bny2w3v

Kabuki

Kabuki (歌舞伎) é uma forma tradicional japonesa de teatro com raízes no Período Edo. Ela envolve fantasias com design elaborado, maquiagem atraente, perucas estranhas, e, indiscutivelmente, o mais importante, a performance e as ações exageradas dos atores. Os movimentos altamente estilizados servem para transmitir o significado das ações para a audiência; isto é especialmente importante já que uma forma antiga do idioma japonês é normalmente usado, o que dificulta a compreensão até mesmo para japoneses.  

Palcos dinâmicos, com plataformas móveis e alçapões, permitem uma rápida mudança de cena e o aparecimento e desaparecimento dos atores. Outra característica marcante do teatro Kabuki é a passarela (hanamichi) que leva até o público, permitindo entradas e saídas dramáticas. O ambiente é melhorado com música ao vivo executada usando instrumentos tradicionais. Estes elementos combinados produzem uma performance visualmente deslumbrante e cativante.

Os roteiros são geralmente baseados em eventos históricos, dramas românticos, conflitos morais, histórias de amor, contos e tragédias de conspiração, ou outras histórias bem conhecidas. A característica única da peformance Kabuki é que o que se vê no show é apenas parte de uma história (geralmente a melhor parte). Sendo assim, para aumentar o prazer proporcionado pela apresentação, é recomendado que se leia sobre a história antes de ir a apresentação. Em alguns teatros, é possível alugar fones de ouvido que fornecem narrações e explicações em inglês.

fonte: Japan Guide | weblink: http://tinyurl.com/bny2w3v

Sen no Rikyu (1522 - 1591)

Sen Rikyū, conhecido como Sen Sōeki (nascido em 1522, em Sakai, Japão—morto em 21 de Março de 1591 em Kyoto) foi um mestre de chá japonês que aperfeiçoou a cerimônia do chá e a elevou ao nível de arte.

Sen Rikyū redefiniu a cerimônia do chá em todos seus aspectos: as regras de procedimento, os utensílios, a arquitetura da casa de chás (dos quais ele projetou diversos estilos), e até mesmo o paisagismo dos jardins de chá. Ele retornou à absoluta simplicidade praticada por Shukō, um monge do século XV que fundou a cerimônia japonesa do chá, e estabeleceu firmemente os conceitos de wabi (simplicidade deliberada na vida diária) e sabi (apreciação do antigo e desbotado) como seus ideias estéticos. Durante seu tempo, as casas de chá se tornaram menores (de 4 ½ de esteira Shukō para um quarto de 2 esteiras-por exemplo, 6 pés quadrados [2 metros quadrados]) e mais isolado com a introdução de uma pequena porta. As tigelas de chá produzidas sob sua direção eram caracterizadas por sua simplicidade rústica. 

A influência de Rikyū em ambos padrões artísticos e de etiqueta social (sua escola de chá era também uma espécie de internato para os soldados ds províncias) era tão imensa que ele é considerado um dos líderes da história cultural japonesa.

fonte: Enciclopédia Britânica | weblink: https://global.britannica.com/biography/Sen-Rikyu

Ihara Saikaku (1642 - 1693)

Ihara Saikaku nasceu em Hirayama Togo, em Osaka em 1642, e pouco é sabido sobre sua juventude. Apesar de dados pessoais incompletos, a reputação de Saikaku como romancista, poeta e dramaturgo é um inquestionável brinde de Osaka à era Genroku. Ele era um homem de muitos talentos. Não só ele tinha uma propensão para com a poesia, mas ele também tinha um dom para escrever peças nervosas e romances com um toque radical.

Sabe-se que sua esposa morreu jovem e o deixou com uma filha cega, que também faleceu poucos anos após sua mãe. Ao invés de se retirar para um santuário religioso, o que seria esperado naquela época, Saikaku preferiu viajar e escrever. Consequentemente, e excepcionalmente para o período, Saikaku experimentou diferentes formas de viver e conheceu muitas partes do país. Mais tarde, ele fez uso destas observações em seu trabalho. 

Estando em casa em Osaka ou na Estrada, Saikaku procuraria os becos e favelas, e também os teatros gays e casas de chá. Ele andava com mendigos, ambulantes e prostitutas, flutuando entre o Sistema de castas durante o dia, e de noite entretinha príncipes e ricos mercadores com suas habilidades literárias. Seu trabalho escrito captura de maneira única o ar cosmopolita da Osaka daquele tempo, e o desenvolvimento do chinindo (modos dos habitantes da cidade), que lentamente substituía o bushido (modos dos guerreiros). 

Saikaku ganhou reputação de ter um enorme apetite pelas maravilhas do mundo mais amplo e recebeu o apelido de oranda Saikaku (Saikaku holandês), porém há pouca evidência para sugerir que ele tivesse qualquer relação com holandeses. É mais provável que o apelido tenha sido uma forma pejorativa de demonstrar sua inconformidade.

Saikaku faleceu no auge do Período Genroku, em 1693, tendo estabelecido o padrão do ukiyo-zoshi e dando à nova geração de escritores, como Ejima Kiseki, um novo nível de maturidade literária para se acostumar. Lendo-se as duas dúzias de trabalhos de ficção de Saikaku hoje em dia, é difícil imaginar que o mundo flutuante dos prazeres que ele evoca vividamente mudou tanto desde então.

source: Matt Wilce (Metropolis) | weblink: http://tinyurl.com/jj5qppg

Yosano Akiko (1878 - 1942)

Akiko Yosano era o pseudônimo de uma autora, poeta, pioneira feminista, pacifista e reformadora social japonesa que esteve ativa no final do Período Meiji, Período Taisho e início do Período Showa no Japão. Seu verdadeiro nome era Yosano Shiyo e ela é uma das mais famosas, mais controversas, poetisas pós-clássicas do Japão.

Yosano nasceu em uma próspera família de mercadores em Sakai, próximo a Osaka. Em 1901, Yosano  lançou seu primeiro volume de tanka, Midaregami (Cabelo Enrolado), que continha 400 poemas e que foi muito bem recebido pelos críticos literários. Seu primeiro livro, que ofusca tudo o que ela escreveu depois, trouxe um individualismo passional à tradicional poesia tanka, diferente de qualquer outro trabalho do final do Período Meiji. 


Yosano morreu de derrame cerebral em 1942, aos 63 anos de idade. Como sua morte ocorreu em meio à Guerra do Pacífico, ela passou desapercebida na imprensa, e após o final da guerra, seus trabalhos foram amplamente esquecidos pelos críticos e pelo público em geral. No entanto, nos últimos anos, seu estilo romântico e sensual voltou a ser popular, e o interesse de seus seguidores aumentou. Seu túmulo se encontra no cemitério Tama Reien, na periferia de Tokyo. 

 

source: http://tinyurl.com/h4at9ke

Tezuka Osamu (1928 - 1989)

Tezuka Osamu foi um artista mangá (desenhador), animador,e diretor de filmes, comumente chamado de “Deus do Mangá” por seu impacto enorme e duradouro na indústria japonesa da animação e do mangá do pós-Segunda Guerra Mundial.

 

Primeiramente atraindo atenção em 1947 com seu mangá Shin takarajima (Nova Ilha do Tesouro), ele foi extraordinariamente prolífico até sua morte em 1989. Mais conhecido por suas séries Tetsuwan Atomu (Astro Boy, 1952-1968), que sugeria desejos utópicos de forma obscura, enquanto questionava as possibilidades de paz e da diversidade no Japão do pós-guerra. Em 1961, ele fundou o estúdio Mushi Production e adaptou as primeiras séries de animação do Japão, que foram ao ar entre 1963 e 1966. Finalmente, ele produziu centenas de títulos de mangá, muitos dos quais ele adaptou para filmes e séries de televisão ao mesmo tempo em que produzia animações originais.

 

Um mestre da inovação, ele forjou o caminho para novas possibilidades de mangá e animação, particularmente graças às suas contribuições inovadoras na aplicação de técnicas cinemáticas a seus trabalhos.

 

O trabalho de Tezuka sugere laços estreitos entre filmes, mangá e animações de televisão no Japão. O estudioso Marc Steinberg comenta particularmente sobre o papel significativo de Tetsuwan Atomu, que estabeleceu precedentes para o mix de mídia anime no pós-guerra japonês, especialmente seu estilo de animação limitado feito para a televisão e o modelo de negócios de Tezuka, que incorporou o caráter transmídia em seu merchandising.

fonte: Routledge Encyclopedia of Modernism | weblink: http://tinyurl.com/job7dq3

Yoshihiro Tatsumi (1935 - 2015)

Nascido em 5 de junho de 1935, Tatsumi cresceu principalmente na cidade de Toyonaka, na periferia ao norte de Osaka. Como muitos de sua geração, Tatsumi foi um fã apaixonado da obra de Tezuka Osamu e da revista Manga Shōnen. Aos 15 anos de idade, ele já publicava frequentemente tiras de humor de 4 painéis em revistas nacionais de mangá e em jornais infantis.

Tatsumi é famoso por ser o artista que ajudou a desenvolver um novo estilo de mangá conhecido como “gekiga” (imagens dramáticas), um termo que ele cunhou em 1957. Ele desempenhou um papel importante na ampliação do meio a fim de acomodar os leitores mais maduros utilizando gêneros como mistério, ação e terror, muitas vezes em livros de mais de 100 páginas, livros de uma história que antecedem o gênero de novelas gráficas em muitas décadas.

Embora quase não haja gênero no qual ele não tenha colocado suas mãos, ele é mais conhecido pelas histórias que criou no final dos anos 60 e início dos anos 70 sobre a vida sombria e as perversões do envelhecimento dos colarinhos brancos e dos trabalhadores de baixo nível de colarinho azul.

Traduções ao francês e espanhol no início dos anos 80 introduziram o trabalho de Tatsumi para o público estrangeiro. Porém, a estrela do artista somente passou a brilhar como um cometa quando foram lançadas novas e expandidas edições de seus materias em japonês e em inglês em 2004-05. Uma Vida à Deriva (2008-09), sua enorme biografia de 850 páginas na forma de quadrinhos cimentou sua reputação como um dos maiores artistas dos quadrinhos.

 

Já com idade mais avançada, Tatsumi foi premiado com três dos principais prêmios da indústria: um prêmio especial em Angoulême (2005), o Tezuka (2009), e o Eisner (2010).

fonte: The Comics Journal | weblink: http://tinyurl.com/l3swpub

Manzai

Manzai é um tipo de comédia stand-up tradicional japonês, que se caracteriza por um homem mais sério, conhecido como Tsukkomi e um homem engraçado, conhecido como Boke, que trocam piadas em alta velocidade. Seu formato é muitas vezes comparado à rotina de Abbott e Costello, uma dupla de comediantes de Hollywood popular nos anos 1940.

O Boke é confuso, esquecido e geralmente burro. O Tsukkomi é de inteligência normal e passa a rotina corrigindo os mal-entendidos do Boke. É comum que o Tsukkomi expresse sua frustração batendo no Boke, dando à rotina um elemento de comédia pastelão.

 

A tradição do Manzai influenciou bastante os comediantes japoneses modernos, e hoje em dia, ainda é muito comum comediantes atuarem em duplas, com um personagem ligeiramente mais inteligente que o outro.

fonte: Japan Talk | weblink: http://tinyurl.com/jpprfrt

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